BNDES anuncia novas condições de financiamento para restauração ecológica e economia florestal.
Banco oferece taxas e prazos atrativos para empreendedores em plantio comercial de espécies nativas, manejo sustentável e sistemas agroflorestais
A novidade está em linha com avanços na implementação do Novo Código Florestal e com compromissos internacionais assumidos no Acordo de Paris (COP21) no final de 2015.
Entre as excelentes opções de projetos financiáveis, citamos:
– Plantio florestal com espécies nativas para fins de produção madeireira e não madeireira, incluindo os investimentos para rastreabilidade e certificação – até 25 anos para pagamento, incluindo até oito anos de carência.
– Recomposição da cobertura vegetal com espécies nativas, incluindo Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal – até 25 anos para pagamento, incluindo até oito anos de carência.
– Apoio à cadeia produtiva de produtos madeireiros e não madeireiros de espécies nativas, incluindo as etapas anteriores e posteriores à produção florestal – até 20 anos para pagamento;
– Desenvolvimento tecnológico em atividades associadas à cadeia produtiva, à produção e à utilização de produtos madeireiros e não madeireiros de espécies nativas – até 12 anos para pagamento;
– Apoio à aquisição de madeira ou produtos madeireiros de origem nativa com rastreabilidade ou certificação florestal, dentro de projetos de investimento.
“Podem receber apoio financeiro do BNDES, por exemplo, empreendimentos de restauração ecológica com espécies nativas; de manejo florestal de áreas com vegetação nativa existente; de plantio biodiverso de espécies nativas com fins econômicos, plantio homogêneo de espécies nativas e plantio consorciado de espécies nativas e exóticas em reservas legais ou áreas produtivas; e sistemas agroflorestais (SAFs).”
Para os SAFs poderão ser utilizadas as linhas Fundo Clima e FINEM Agropecuária. Provavelmente faremos uma partição de linhas baseada na área ocupada por nativas.
“Quanto ao valor mínimo de financiamento, cabe o seguinte esclarecimento. Independentemente de a operação ser direta ou indireta não automática o valor mínimo é de R$ 3 milhões. Já significa uma redução enorme perante o normal do BNDES que é de R$ 20 milhões para operações diretas. Ou seja, mesmo realizando com a Caixa ou BB o mínimo é de R$ 3 milhões. Para projetos menores são operações indiretas automáticas que têm seus procedimentos simplificados e tudo é mais rápido. As linhas nesse caso são o ABC, o Pronamp, o Pronaf”, informações de um funcionário do BNDES.
Existe uma certa curva de aprendizado devido a ser um setor “novo” para os bancos, portanto há dificuldades ligadas ao desconhecimento sobre os empreendimentos dos pequenos e médios proprietários. Acreditamos que isto só poderá ser resolvido com muita interação com os bancos.
A Futuro Florestal participou das discussões em reunião na WRI com os profissionais do BNDES em abril/2018 antes da reabertura das linhas de crédito do Fundo Clima, colocando sua opinião sobre prazos de pagamento, modelos de negócio florestal e agroflorestal, garantias e taxas.
“Estamos entusiasmados com a possibilidade de finalmente trazer linhas de crédito viáveis para financiar os projetos que elaboramos e executamos nas áreas da Tropical Flora em Garça e de clientes ao redor do Brasil nos últimos 15 anos, que tiveram financiamento próprio com espécies florestais nativas e exóticas em sistemas puros, mistos e agroflorestais”, comenta Rodrigo Ciriello, diretor da empresa.
Caso tenha interesse em submeter um projeto para plantio de floresta para finalidade de restauração ou produção de produtos madeireiros e não madeireiros podemos auxiliar desde a elaboração do projeto técnico e plano de negócios, assim como na assessoria para submeter o projeto no BNDES até a sua aprovação final, e na implantação e gestão do seu projeto após a captação do recurso acontecer.
Importante ficar atento com a vigência das linhas disponibilizadas no Fundo do Clima, que foram estabelecidas em primeiro momento até 29/12/2018 ou até se encerrar o recurso disponível no fundo citado.
“Temos a intenção de prorrogar a vigência das linhas citadas no Fundo Clima, dada a importância das mesmas para o país atingir os compromissos assumidos, porém pelas regras internas do banco somos obrigados a estabelecer um limite de tempo”, informou um dos funcionários do BNDES envolvidos na elaboração das regras do fundo.